O duplo CD “Amália no Chiado”, que reúne gravações da fadista do início da década de 1950, “antes das efectuadas em Abbey Road”, em Londres, chegou ao mercado, confirmou o coordenador da edição, Frederico Santiago.
A edição discográfica reúne 46 temas, dos quais sobressaem o inédito “Fado Lamentos”, com letra e música da própria Amália, e um excerto do “Fado Hilário”, com letra e música atribuída a Hilário, cantor de Coimbra, que foi amigo, entre outros, do poeta João de Deus, referiu Frederico Santiago.
A autoria de “Fado Lamentos” foi possível graças ao investigador Víctor dos Santos, que se lembrava de o ter ouvido no cinema, na série de complementos realizados por Augusto Fraga, cujas imagens se perderam, mas o som existe no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, e foi encontrado, durante a investigação feita, um prospecto anunciando o filme que se exibia na época, e como complemento este fado, atribuindo a autoria a Amália Rodrigues.
“Esta gravação foi feita durante um ensaio e Amália não voltou a gravá-lo. Já o ‘Fado Hilário’, Amália gravou-o em 1952, em Abbey Road, mas com outra letra”, rematou. Das gravações disponíveis em CD, consta a única gravação conhecida da canção “La Vie en Rose”, de Edith Piaf, com quem Amália partilhou cartaz em Nova Iorque, ao lado de Marlene Dietrich.
O CD inclui também parte do ensaio que antecedeu a gravação desta canção. Outra raridade é a gravação de “A minha canção é Saudade”, uma melodia de Franklin Godinho. Amália gravou os mesmos versos, depois, com uma melodia de Frederico de Brito. Gravações únicas são várias no CD, algumas em espanhol, como “Dolores, la petenera” e “Tres palabras”.
Este duplo CD faz parte de um projecto de sistematização da obra de Amália, que o investigador Frederico Santiago tem estado a realizar. Santiago destacou, nesta edição, a primeira gravação do “Fado Primavera”, de David Mourão-Ferreira, no Fado Pedro Rodrigues, que Amália voltou a gravar em 1965 e em 1966, e interpretou-o num concerto no Café Luso, em Lisboa, em 1955.
“Nestes CD há muito repertório de Linhares Barbosa, um poeta do fado, com uma escolha cuidada de Amália, que se nota, ao ter também integrado nestas mesmas sessões de gravação poemas de Sidónio Muralha, ‘Amantes Separados’, Pedro Homem de Mello, ‘Fria Claridade’ e Mourão-Ferreira”.
Sobre o disco “Amália no Chiado”, Frederico Santiago realçou “as inúmeras versões inéditas de fados que Amália interpretou e fazem parte de discos posteriores, algumas delas melhores do que as gravadas em Abbey Road, pois o técnico de som foi Hugo Ribeiro, que Amália apontava como aquele que melhor a sabia gravar”. “Este CD testemunha o encontro entre a voz de Amália e Hugo Ribeiro, o técnico de som da casa”, frisou.
As gravações, agora editadas em CD, algumas pela primeira vez, realizaram-se numa sala no segundo piso da antiga loja da discográfica Valentim de Carvalho, na rua Nova do Almada, em Lisboa (destruída no incêndio do Chiado de 1988), entre 1951, antes das gravações em 1952, e 1953.
A fadista é acompanhada, em alguns temas, pelo Conjunto de Tony Amaral, nomeadamente na canção “Quando a Noite Vem”, uma versão em português de Mourão-Ferreira do tema “City Lights” (1931), de Charles Chaplin e, noutros temas, pelos guitarristas Raul Nery e Jaime Santos, e o violista Santos Moreira.
A autoria de “Fado Lamentos” foi possível graças ao investigador Víctor dos Santos, que se lembrava de o ter ouvido no cinema, na série de complementos realizados por Augusto Fraga, cujas imagens se perderam, mas o som existe no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, e foi encontrado, durante a investigação feita, um prospecto anunciando o filme que se exibia na época, e como complemento este fado, atribuindo a autoria a Amália Rodrigues.
“Esta gravação foi feita durante um ensaio e Amália não voltou a gravá-lo. Já o ‘Fado Hilário’, Amália gravou-o em 1952, em Abbey Road, mas com outra letra”, rematou. Das gravações disponíveis em CD, consta a única gravação conhecida da canção “La Vie en Rose”, de Edith Piaf, com quem Amália partilhou cartaz em Nova Iorque, ao lado de Marlene Dietrich.
O CD inclui também parte do ensaio que antecedeu a gravação desta canção. Outra raridade é a gravação de “A minha canção é Saudade”, uma melodia de Franklin Godinho. Amália gravou os mesmos versos, depois, com uma melodia de Frederico de Brito. Gravações únicas são várias no CD, algumas em espanhol, como “Dolores, la petenera” e “Tres palabras”.
Este duplo CD faz parte de um projecto de sistematização da obra de Amália, que o investigador Frederico Santiago tem estado a realizar. Santiago destacou, nesta edição, a primeira gravação do “Fado Primavera”, de David Mourão-Ferreira, no Fado Pedro Rodrigues, que Amália voltou a gravar em 1965 e em 1966, e interpretou-o num concerto no Café Luso, em Lisboa, em 1955.
“Nestes CD há muito repertório de Linhares Barbosa, um poeta do fado, com uma escolha cuidada de Amália, que se nota, ao ter também integrado nestas mesmas sessões de gravação poemas de Sidónio Muralha, ‘Amantes Separados’, Pedro Homem de Mello, ‘Fria Claridade’ e Mourão-Ferreira”.
Sobre o disco “Amália no Chiado”, Frederico Santiago realçou “as inúmeras versões inéditas de fados que Amália interpretou e fazem parte de discos posteriores, algumas delas melhores do que as gravadas em Abbey Road, pois o técnico de som foi Hugo Ribeiro, que Amália apontava como aquele que melhor a sabia gravar”. “Este CD testemunha o encontro entre a voz de Amália e Hugo Ribeiro, o técnico de som da casa”, frisou.
As gravações, agora editadas em CD, algumas pela primeira vez, realizaram-se numa sala no segundo piso da antiga loja da discográfica Valentim de Carvalho, na rua Nova do Almada, em Lisboa (destruída no incêndio do Chiado de 1988), entre 1951, antes das gravações em 1952, e 1953.
A fadista é acompanhada, em alguns temas, pelo Conjunto de Tony Amaral, nomeadamente na canção “Quando a Noite Vem”, uma versão em português de Mourão-Ferreira do tema “City Lights” (1931), de Charles Chaplin e, noutros temas, pelos guitarristas Raul Nery e Jaime Santos, e o violista Santos Moreira.